SCEPTER 4 - Tsubaki-Mon

por **Admin** Qua Abr 25, 2018 12:44 pm

A SCEPTER 4 se espalha por toda a Tóquio, no entanto, seu QG continua sendo o Tsubaki-mon. O edifício principal funciona como um local de trabalho para os membros e uma prisão para os seus prisioneiros. O edifício, como dito anteriormente, além de servir como uma base e sede onde os vassalos realizam seus serviços, também possui uma prisão de alta segurança e vigias 24 horas ativos para aqueles que desobedecem a lei; Elas são adaptadas e projetadas para conter Strains, seres com habilidades especiais. Ainda por cima, caso alguém seja corajoso o suficiente para tentar escapar, paredes dobráveis serão ativadas e impedirão que o fugitivo avance, logo, alertando os oficiais.

Por fim, sua aparência externa é de uma mansão em estilo ocidental, uma construção com dois andares feitos por tijolos brancos e um telhado de tom verde pálido. Seu amplo pátio é rodeado seguramente por uma vedação de aço, e muros resistentes. Enquanto isso, a sala principal da sede — onde a maioria dos membros passam uma boa parte do dia — é um extenso cômodo preenchido por monitores onde pode-se observar toda Tokyo, monitorando e coletando informações preciosas. Também há confortáveis dormitórios nos fundos, salas de treino, refeitório e todos os cômodos de uma casa normal, apenas mais desenvolvidos, servindo como moradia.

por König Sex maio 04, 2018 4:08 am

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O movimento intenso de turistas perdurava na grande cidade de Tóquio, como o habitual. Em um misto de nativos e turistas, aquela massa de pessoas trafegava de tal forma que, se alguém parasse para ver, notaria como davam um toque único à ambientação colorida da cidade — era quase como uma belíssima e coreografada dança, ao som de passos e burburios. Toda essa performance natural e desproposital era refletida nos monitores da SCEPTER 4; Do Tsubaki-mon até os Centros Móveis de Operação, a maior polícia do Japão monitorava cuidadosamente cada imagem.

Com o acesso às câmeras da cidade, desde a prisão de Kyouma, um magnata do crime que, anteriormente, confortavelmente se assentou como o cabeça por detrás da JUNGLE, o trabalho do soldado de mais baixa patente até o próprio Capitão triplicou. Agora, o mais perto de algo luxuoso que restava para o criminoso era uma parte de sua cela reservada para a higiene pessoal.

Fora isso, ficava sob vigilância 24 horas por dia, sem descanso. Os soldados seguiram à risca as ordens de trocar o turno de três em três horas para descanso ou para assumir outros trabalhos necessários — fora isso, dois ficavam do lado de fora da grossa porta de metal que separava ele do mundo exterior. Ninguém entraria, e ninguém sairia, que não para jogar a refeição do detento em sua cela para depois sair de lá; Esse era o único momento que via um pouco mais da luz que vinha de fora, que não pela finíssima fresta por debaixo da porta. Todo o rigor era mais do que necessário para manter alguém como ele não só preso, mas também, seguro.

Naturalmente, os membros do Clã Azul trocavam conversa entre os próprios enquanto em seu trabalho. Para não tornar-se tedioso, conversavam sobre qualquer coisa aleatória que lhes fosse atraente — sendo a única exceção provavelmente Pierre, que sentia-se mais confortável jogando e conversando pela internet com seus contatos, mas esse menino era uma exceção em quase tudo, não era novidade que isso também fosse. Em meio à toda aquela conversa, algo no monitor de um dos presentes chamou a atenção, que, atônito, aproximou a tela do monitor para averiguar se era isso mesmo que estava lendo.

— Sanctum… Níveis Weissman detectados e subindo, incluindo aqui… Mas o quê-...?! — A tecnologia de reconhecimento da SCEPTER 4 não mentia. Trabalhava com um sistema complexo, somado ao Yuishiki System, e não podia errar; Ainda assim, aquilo era quase absurdo. A Dresden Slate, runa que dava aos Reis e Vassalos seus poderes, estava inativa há décadas. — Vertical over! —

O tumulto aos poucos se instalava. Era quase sem precedentes que, agora, estivessem detectando a mística aura se manifestando. Mas os olhos não os enganariam; Aos poucos, os membros largaram do computador e juntaram-se nas janelas, observando algo de fora. Alguns, por sua vez, optaram por simplesmente sair e olhar para os céus: Pois lá que se manifestava a maior prova de que, ao menos ali, estavam sob a presença de um Rei.

Um tipo de aura translúcida aos poucos tomava forma: Pequenos ponto, como flocos de neve que se dispersavam ao ar, juntaram-se lentamente dando forma a algo extremamente reconhecível. A Espada de Damocles Azul tomou seu lugar ao céu, surgindo em tamanho e imponência enquanto anunciava o regresso de seu rei. Agora, se ela sempre se erguia na cabeça daquele que possuía a aura que estava emanando…

Os soldados avançavam, novamente, pra dentro do Quartel General. Os passos apressados seguiam em direção ao escritório de seu Capitão, tanto para relatar a importante notícia, quanto para conferir algo e ter certeza de que aquilo mesmo estava acontecendo… Quando as mãos, curiosas, empurraram a porta, encontraram a cena que confirmou tanto quanto a espada de que o Rei Azul tinha feito enfim seu retorno. Kaiser, o Capitão da SCEPTER 4, agora encontrava-se sentado em seu trono feito um dito cujo rei; O que seria interpretado como comum… Se não fosse a aura etérea azulada escapando de seu corpo em extrema imponência. O azul celestial de seus olhos tornava-se mais brilhante, enquanto olhou fixamente para frente, aparentemente exausto e tão chocado quanto seus soldados.

— Nós… — Seus lábios finalmente proferiram alguma coisa, terminando a sentença logo após de iniciar com a voz cansada e arrastada. — … Nós temos muito trabalho agora. —

Três meses depois…

Meses se passaram desde o despertar de Kaiser como o Rei Azul. A SCEPTER 4, mais do que nunca, trabalhava agora à total vapor; Para seus membros, fora distribuída a poderosa aura azul, que se unia com perfeição ao sabre, acentuando a letalidade incomparável ao estilo de luta que se escorava na lâmina fria. O trabalho, que já era grande, agora tornou-se ainda maior. E mesmo assim, o pulso firme de seu líder em suas ordens conseguia pôr a SCEPTER 4 no caminho certo: Seu trabalho, agora, estava sendo muito bem feito, em extrema harmonia e eficiência. O alemão deixou claro que podia deixar o país seguro.

Muitas eram as suas preocupações, a começar pelos Strains. O papel oficial da SCEPTER 4 e um dos principais sentidos da sua existência era a administração de um banco de dados sobre esses seres desviantes que podiam, de fato, oferecer algum risco à ordem japonesa. Uma vez que a Dresden Slate acabara por emanar a sua luz incandescente mais uma vez, era óbvio e nítido que os strains também fariam seu retorno… Logo, se fazia necessária também a preparação e a reativação do registro. O sistema avançado, sobre as mãos de Pierre e outros aliados extremamente importantes, facilitou o trabalho. No mais, a SCEPTER 4 também mostrou algum nível de cooperação com a Timeless Palace, entregando de bom grado os strains que eram capturados em flagrante — aqueles que eram de Risco 4, no entanto, eram presos imediatamente por questões única e exclusivamente de segurança. A SCEPTER 4 ainda era o melhor e mais apropriado lugar para prender strains, agora mais do que nunca.

O agora Rei Azul, por sua vez, tinha coisas também mais particulares para resolver. Agora, com o advento da aura que corria por suas veias, treinou todos esses meses arduamente para entendê-la — conciliando seu trabalho com o treinamento, o que o fez muito bem, buscava fortalecer a afinidade com essa nova habilidade. Se quisesse ser um rei digno, deveria controlar-se primeiro… Por motivos pessoais, ele não podia permitir que outra Espada de Damocles caísse. Só por isso, talvez, tomou para sí com ardor o trono de rei: Pra impedir outra cratera de Kagutsu. Pra fazer o que, anteriormente, Jin Habari não conseguiu, precisando selar a própria vida para isso. Era um destino que não toleraria que voltasse a acontecer, jamais.

Nesse exato momento, Kaiser estava, como quase sempre, em seu QG. Solitário em sua biblioteca particular, cujo ficava em um cômodo ligado ao escritório próprio, sentou-se na cadeira enquanto ia sobre alguns livros. Quanto melhor entendesse sobre os seus poderes, mais seria capaz de, realmente, proteger a paz no Japão. E assim, estudava, em silêncio, ainda que em prontidão para responder caso ouvisse algum chamado.

O que aconteceu pouco antes do que gostaria…

O seu aparelho, que servia como um tipo de telefone, acabou soando. Fechando as páginas de seu livro, pôs o aparelho em cima da mesa e atendeu a chamada — nesse momento, um dos soldados rasos visivelmente “acabado”, para não descrever de forma pior, parecia desesperado para que o seu Rei atendesse logo. Em meio a palavras emboladas, disse que deixou com que ela passasse pela portaria; isso porque tentou cumprir a ordem de não deixar que passassem sem a sua ordem, mas “alguns soldados acabaram ficando queimados e ela só parou de acertá-lo quando ele disse que ia ligar para conseguir a autorização”.

Kaiser levou a mão até o cenho, respirando fundo enquanto procurava pelas palavras certas, que não xingamentos para o homem. — Ok, soldado. Deixem que ela passe e tratem de avisá-la que estou na biblioteca. E leve a mer-... Leve os companheiros feridos para a enfermaria. Faça o seu trabalho. — E, por fim, desligou. Paz, nesse momento, não era uma alternativa. Mas de certa forma estava curioso para saber sobre quais assuntos ela, a Rainha Vermelha, queria tratar. De certa forma tinham muito o que conversar.

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