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The Einstein Theory of Relativity

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Mensagem por Sirius Ter Abr 24, 2018 8:46 pm

O quarto de Lyrae era o maior cômodo da casa. Era bastante mimada, conseguia tudo o que queria: Desde livros às bonecas mais caras que o dinheiro poderia comprar.
 Só tinha uma coisa que a criança não conseguia com toda aquela mordomia: Deixar o quarto.
 Além disso, ninguém além dos pais tinha permissão de dialogar com a criança, e todas as tentativas de estabelecer uma conversa com os empregados eram brutalmente ignoradas pelos serviçais. O máximo de palavras que dirigiam à Lyrae eram coisas do tipo "Sim, senhora", "Como a senhorita desejar". 
 Depois de várias tentativas frustradas de fugir de casa, Lyrae apenas decidiu aceitar a proibição. Se ela ficasse quieta e obediente, estaria livre das correntes. Livre. Livre? 
 Liberdade era algo que apenas havia lido sobre nos livros. Queria viajar, conhecer o mar, o bosque, a neve; mas seus pais diziam que era perigoso demais para a garota. Um dia ela poderia sair para onde quisesse, mas aquele dia ainda estava longe, e o único dever de casa da pequena era aguardar. Aguardar até que o nunca chegasse. 
 Mas o nunca até que durou pouco tempo.

 [...]
 
 Estava sentada próxima a janela enquanto lia um livro de física avançada. Não era tão boa nas demais matérias, mas a paixão por física a tornava quase que um gênio na matéria. Gostava das estrelas, do universo e das possibilidades, afinal, era do tipo que costumava sonhar alto. Além daquele quarto havia um universo de infinitas possibilidades, mas, no momento, as únicas infinitas possibilidades que Lyrae tinha acesso eram as teorias em seus espessos livros didáticos. 
 Naquele dia estava sentindo algo diferente. Seu corpo parecia mais leve, mais... livre. Era uma sensação estranha, uma vez que a maior parte das sensação que tinham eram de fraqueza e cansaço, afinal, ficava doente com frequência. Sentia como se seu corpo quisesse mostrar algo, e, quase em transe, apontou a palma da mão para a porta do quarto.
 Era um enorme portão de metal, mais parecendo como uma cela altamente protegida do que um quarto. Lyrae não entendia se tinham medo dela, ou se temiam que algo acontecesse com ela. Ou talvez ambas as opções. 
 Levantou-se com cuidado, lentamente aproximando a mão do portão de metal enquanto deixava ser guiada por aquela sensação de leveza.
 Quando desligou-se do transe, percebeu uma enorme fenda negra no local que havia tocado, coexistindo com o metal maciço do portão. Por um momento havia duvidado da própria visão, por isso decidiu tocar a enorme mancha negra. Soltou um grito de horror quando percebeu que a mão havia atravessado a fenda, imediatamente jogando o corpo para trás e caindo, enquanto se afastava. Era possível ouvir os empregados correndo até a direção do grito, cautelosos com a possível causa. Os primeiros que haviam chegado no local puderam ver a fenda que Lyrae havia criado, mas ela desapareceu quase de imediatamente.
 Mais rápido que a luz, a informação se espalhou. 
 Agora sabiam que os Polaris ainda estavam vivos.
Sirius
Sirius

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